Educafro denuncia governo Bolsonaro por campanha que “ofende a Comunidade Negra”

Campanha do programa Pró-Brasil usa apenas modelos mirins brancos. Foto: Divulgação



A EDUCAFRO enviou e-mail ao Ministério dos Direitos Humanos e da Mulher, por volta das 10 horas de hoje, 23/4, solicitando que o Ministério entre em contato com o Palácio do Planalto e faça acontecer a suspensão da peça publicitária da propaganda do Programa “PRÓ BRASIL”.

A peça fere a Lei Federal 12.288 de 20 de julho de 2010, chamada de Estatuto da Igualmente Racial, especialmente no artigo 44, 45 e 46.

A EDUCAFRO está entrando com uma Representação na Defensoria Pública da União exigindo:

1 – Que o Governo suspenda imediatamente a peça publicitária, cópia de um site árabe divulgada em julho de 2019;

2 – Que o Governo Federal assine um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) comprometendo-se a rever todas as demais pecas publicitárias em elaboração, em todos os Ministérios do Governo e demais órgãos públicos federais.

3 – Que a empresa contratada assine um TAC comprometendo-se a ter negros/as contratados na agência na mesma proporção de negros que há no Brasil, segundo últimos dados do IBGE.


São Paulo, 23/4/2020
Frei David Santos OFM
Diretor Executivo da EDUCAFRO




PS: O Frei David, dirigente da ONG, lembra que a Lei 12.288/2010 determina que toda publicidade do Governo Federal contemple a diversidade cultural e étnica do Brasil. A publicidade do Pró-Brasil usa modelos mirins brancos, que aparecem em todo tipo de propaganda. É mais violação da lei por parte do governo Bolsonaro.




No twitter, a peça publicitaria foi comparada com a de outros países, que apresentam a mesma imagem com diferentes propagandas. ‘’Essas brancas do governo federal também andam fazendo propaganda em outros países. Bom... É isso que acontece quando você pega foto grátis em site de stock imagens gringo’’