ASSIM SOMOS VISTOS, ACEITOS OU
REJEITADOS, OS NEGROS, NESTE PAIS –
NOSSO QUERIDO BRASIL.
a conversa do ministro é real. O fato de sermos negros, alguns brancos acreditam que podem ter certas liberdades, nos menosprezar ou desacreditar dos nossos conhecimentos e graduações. É uma pena, porque todos saem perdendo.
a conversa do ministro é real. O fato de sermos negros, alguns brancos acreditam que podem ter certas liberdades, nos menosprezar ou desacreditar dos nossos conhecimentos e graduações. É uma pena, porque todos saem perdendo.
O preconceito racial, em si, é apenas
um perde – perde para toda a sociedade. Empresas como SBT, REDE GLOBO, RECORD (
com o famigerado Todos Odeiam o Chris) deveriam repensar suas atitudes
claramente racistas, compreendendo que nossa origem é a diversidade. Produtos
como as cervejas Schincariol, Skol, e a
massiva maioria dos produtos anunciados na TV aberta, são claramente racistas e
não querem os negros entre seus consumidores. Estão produzindo somente para a
parcela branca da população, é o que
anunciam ao nem disfarçar seu exclusivismo biológico, isto dentro da segunda
maior nação negra do mundo. Não sabem o que lhes reservam o futuro. Em mais
três gerações, toda a população brasileira será negra novamente. Atualmente,
elas descartam nas suas propaganda, 56% da população. Amanha conseguiram
descartar os 70, 80, 90% de todos os brasileiros, então coloridos? É um desafio
que todas as empresas e que os esteticistas filosóficos devem levar para
estudar em casa. Esta mudança a matriz racial do pais. Continuarão segregando?
Este ministro, Joaquim Barbosa é um
gênio e um vencedor. É a preparação para a
ultima nação a abolir a escravidão no mundo, aprender que estamos
ocupando nosso espaço, de forma definitiva. Outros Joaquins Barbosa virão. Não
mais como atletas ou pagodeiros, mas como doutores, advogados, ministros,
presidentes. Viva Barak Obama.
Agora leiam esta entrevista do
jornal DIARIO DE PERNAMBUCO, via agencia O GLOBO e vejam onde vivemos, em que
terra vivemos.
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
20/04/2012 | 08h49 | STF
20/04/2012 | 08h49 | STF
Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de "temperamento
difícil" pelo ministro Cezar Peluso, o ministro do Supremo Tribunal
Federal Joaquim Barbosa respondeu em tom duro. Em entrevista ao GLOBO,
Barbosa chamou o agora ex-presidente do STF de "ridículo", "brega",
"caipira", "corporativo", "desleal", "tirano" e "pequeno".
Acusou Peluso de manipular resultados de julgamentos de acordo com
seus interesses, e de praticar "supreme bullying" contra ele por conta
dos problemas de saúde que o levaram a se afastar para tratamento.
Barbosa é relator do mensalão e assumirá em sete meses a presidência do
STF, sucedendo a Ayres Britto, empossado nesta quinta-feira. Para
Barbosa, Peluso não deixa legado ao STF: "As pessoas guardarão a imagem
de um presidente conservador e tirânico, que não hesitava em violar as
normas quando se tratava de impor à força a sua vontade."
O GLOBO: Ao deixar o cargo, o ex-presidente do STF, ministro Cezar Peluso, deu entrevista na qual citou o senhor. Em um dos momentos, diz que o senhor não recusará a presidência do tribunal em circunstância alguma. É verdade?
JOAQUIM BARBOSA: Para mim, assumir a presidência do
STF é uma obrigação. Tenho feito o possível e o impossível para me
recuperar consistentemente e chegar bem em dezembro para assumir a
presidência da Corte. Mas, para ser sincero, devo dizer que os
obstáculos que tive até agora na busca desse objetivo, lamentavelmente,
foram quase todos criados pelo senhor... Cezar Peluso. Foi ele quem,
em 2010, quando me afastei por dois meses para tratamento intensivo em
São Paulo, questionou a minha licença médica e, veja que ridículo,
aventou a possibilidade de eu ser aposentado compulsoriamente. Foi ele
quem, no segundo semestre do ano passado, após eu me submeter a uma
cirurgia dificílima (de quadril), que me deixou vários meses sem poder
andar, ignorava o fato e insistia em colocar processos meus na pauta de
julgamento para forçar a minha ida ao plenário, pouco importando se a
minha condição o permitia ou não.
O senhor tomou alguma providência?
BARBOSA: Um dia eu peguei os laudos descritivos dos
meus problemas de saúde, assinados pelos médicos que então me
assistiam, Dr. Lin Tse e Dr. Roberto Dantas, ambos de São Paulo, e os
entreguei ao Peluso, abrindo mão assim do direito que tenho à
confidencialidade no que diz respeito à questão de saúde. Desde então,
aquilo que eu qualifiquei jocosamente com os meus assessores como
“supreme bullying” vinha cessando. As fofocas sobre a minha condição de
saúde desapareceram dos jornais.
BARBOSA: Eis que no penúltimo dia da sua desastrosa presidência, o senhor Peluso, numa demonstração de “désinvolture”
brega, caipira, volta a expor a jornalistas detalhes constrangedores
do meu problema de saúde, ainda por cima envolvendo o nome de médico de
largo reconhecimento no campo da neurocirurgia que, infelizmente, não
faz parte da equipe de médicos que me assistem. Meu Deus! Isto lá é
postura de um presidente do Supremo Tribunal Federal?
O ministro Peluso disse na entrevista que o tribunal se apaziguou na gestão dele. O senhor concorda com essa avaliação?
BARBOSA: Peluso está equivocado. Ele não apaziguou o
tribunal. Ao contrário, ele incendiou o Judiciário inteiro com a sua
obsessão corporativista.
Na visão do senhor, qual o legado que o ministro Peluso deixa para o STF?
Na visão do senhor, qual o legado que o ministro Peluso deixa para o STF?
BARBOSA: Nenhum legado positivo. As pessoas
guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador,
imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se
tratava de impor à força a sua vontade. Dou exemplos: Peluso inúmeras
vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando
falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar
o resultado que era contrário ao seu pensamento. Lembre-se do impasse
nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas
de discussões inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o
que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável (o ministro
se refere ao julgamento que livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa
e garantiu a volta dele ao Senado, no qual o duplo voto de Peluso,
garantido no Regimento Interno do STF, foi decisivo. Joaquim discorda
desse instrumento); cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta
viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, “invadir” a
minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder
ceder facilmente a pressões...
Quando o senhor assumir a presidência, pretende conduzir o tribunal de que forma? O senhor acha que terá problemas para lidar com a magistratura e com advogados?
Quando o senhor assumir a presidência, pretende conduzir o tribunal de que forma? O senhor acha que terá problemas para lidar com a magistratura e com advogados?
BARBOSA: Nenhum problema. Tratarei todos com urbanidade, com equidade, sem preferências para A, B ou C.
O ministro Peluso também chamou o senhor de inseguro, e disse que, por conta disso, se ofenderia com qualquer coisa. Afirmou, inclusive, que o senhor tem reações violentas. O senhor concorda com essa avaliação?
BARBOSA: Ao dizer que sou inseguro, o ministro
Peluso se esqueceu de notar algo muito importante. Pertencemos a mundos
diferentes. O que às vezes ele pensa ser insegurança minha, na verdade
é simplesmente ausência ou inapetência para conversar, por falta de
assunto. Basta comparar nossos currículos, percursos de vida pessoal e
profissional. Eu aposto o seguinte: Peluso nunca curtiu nem ouviu falar
de The Ink Spots (grupo norte-americano de rock e blues da década de
1930/40)! Isso aí já diz tudo do mundo que existe a nos separar...
O senhor já protagonizou algumas discussões mais acaloradas em plenário, inclusive com o ministro Gilmar Mendes. Acha que isso ocorreu devido ao seu temperamento ou a outro fator?
O senhor já protagonizou algumas discussões mais acaloradas em plenário, inclusive com o ministro Gilmar Mendes. Acha que isso ocorreu devido ao seu temperamento ou a outro fator?
BARBOSA: Alguns brasileiros não negros se acham no
direito de tomar certas liberdades com negros. Você já percebeu que eu
não permito isso, né? Foi o que aconteceu naquela ocasião.
O senhor tem medo de ser qualificado como arrogante, como o ministro Peluso disse? Tem receio de ser qualificado como alguém que foi para o STF não por méritos, mas pela cor, também conforme a declaração do ministro?
BARBOSA: Ao chegar ao STF, eu tinha uma escolaridade
jurídica que pouquíssimos na história do tribunal tiveram o privilégio
de ter. As pessoas racistas, em geral, fazem questão de esquecer esse
detalhezinho do meu currículo. Insistem a todo momento na cor da minha
pele. Peluso não seria uma exceção, não é mesmo? Aliás, permita-me
relatar um episódio recente, que é bem ilustrativo da pequenez do
Peluso: uma universidade francesa me convidou a participar de uma banca
de doutorado em que se defenderia uma excelente tese sobre o Supremo
Tribunal Federal e o seu papel na democracia brasileira. Peluso vetou
que me fossem pagas diárias durante os três dias de afastamento, ao
passo que me parecia evidente o interesse da Corte em se projetar
internacionalmente, pois, afinal, era a sua obra que estava em
discussão. Inseguro, eu?
BARBOSA: Sim.
O senhor sofre preconceito de cor por parte de seus colegas do STF? E por parte de outras pessoas?
O senhor sofre preconceito de cor por parte de seus colegas do STF? E por parte de outras pessoas?
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