O Inglaterra queria o fim da escravidão por que queria o aumento de consumidores; queriam a eficiência do trabalho, mão de obra nas colonias africanas. Um exemplo disto foi que em 1846 o parlamento britânico vota a lei Bill Arden, essa lei previa que os navios ingleses poderiam prender e até derrubar navios negreros que estavam na rota África Brasil. Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Arden (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática. O Slave Trade Suppression Act ou Aberdeen Act, mais conhecido no Brasil como Bill Aberdeen, foi uma legislação da Grã-Bretanha promulgada em 8 de Agosto de 1845, que proibia o comércio de escravos entre a África e a América. Após a Revolução Industrial, surge na Inglaterra um forte movimento abolicionista, amparado, sobretudo, pelos habitantes das grandes cidades portuárias inglesas e motivado por razões de ordem ética e religiosa.
Definições retiradas da Wilkpedia, de sites e textos sobre escravidao



Quando leio o jornal The Independent e vejo suas ácidas e corretas observações sobre o fracasso histórico do Brasil em olimpíadas, não o vejo observar o preconceito racial e a profunda divisão  humana que há neste pais continental, quinto do mundo atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Bastava o periódico observar quantos não brancos compõem  a delegação brasileira. Comparar com os Estados Unidos, com a índia e china não valem a comparação. Estados Unidos e Brasil são os dois únicos dos grandes que convivem com a experiência multirracial. Quando os Estados Unidos enfrentaram e vencera a disputa racial na década de 60, o Brasil vivia neste período um certo avanço neste quesito. Imaginar-se-ia uma convivência pacifica com as diversas etnias que cohabitam  este imenso território. As coisas apenas pioraram. O numero de não brancos voltou a crescer e agora, com o viés demográfico apontando para, em duas gerações, todos os brasileiros voltarem a ser negros, enfrentamos um momento especialmente difícil no que tange a convivência racial: os massacres de negros, não brancos e pobres viraram rotina. E mata-se seletivamente, apenas jovens não brancos, entre 16 e 25 anos, no período mais fértil e reprodutivo dos homens. A televisão radicalizou o discurso pró-brancos. E não é qualquer branco não, tem que ser anglo saxão: branco, cabelos louros e olhos claros. Os maiores ícones de televisão, dos comerciais, dos empregos, do poder, da policia e de tudo que é domínio. Como diz Caetano; o macho, adulto branco, sempre no comando.., (Estrangeiro). Emprega-se a violência síria contra os outros, a grande maioria dos outros, marrons.
PESQUISE POR "ATORES DA GLOBO". É EVIDENTE QUE HÁ UMA EXCLUSÃO DE NÃO-BRANCOS. NA PRIMEIRA PÁGINA DA PESQUISA NÃO ENCONTRAMOS NENHUM NÃO-BRANCO.

E num país que foi o ultimo do mundo a acabar com a escravidão. Graças a intervenção forte e decisiva da Inglaterra. “ Proposta pelo Parlamento, a lei, de autoria do Ministro George Hamilton-Gordon (Lord Aberdeen), visava o combate ao tráfico de escravos no Atlântico Sul, atribuindo às embarcações da Royal Navy  o direito de apreender quaisquer navios negreiros que porventura se dirigissem ao Império do Brasil. De acordo com essa legislação, o tráfico de escravos era considerado como pirataria e, nessa qualidade, sujeito à repressão, independente de qualquer contato prévio entre o Império Britânico e o país responsável pela carga.
Entre 1840 e 1848, a marinha inglesa aprisionou 625 embarcações, carregando milhares de escravos. Desses, muitos foram conduzidos às colônias inglesas do Caribe onde, apesar de receberem um soldo, viviam em condições muito próximas à dos escravos.
A lei feria o Direito Internacional, visto que era uma imposição de um país a outros. A sua aplicação criou inúmeros incidentes diplomáticos que apartir de Londres e da lei Bill  Arden, ordenou e afundou navios negreiros brasileiros.”
Quando a escravidão acabou os negros foram enxotados das terras. Em direção as aglomerações urbanas, onde seriam mais bem controlados. O próprio governo brasileiro de então, anunciava na Europa e Estados Unidos, através dos grandes proprietários de terras, então a procura de mao de obra branca para tocar as fazendas de café e gado: vamos acabar com os negros em 100 anos. Como? Tirando deles os meios de produção e os meios de sobrevivência. E assim os negros não tiveram direito a terra, ao burro e carroça, como a guerra dos sete anos garantiu aos negros da America. Foram dizimados por mais de 60 anos, ate a década de 30, quando finalmente se estabilizou a matança, o extermínio e se começou a garantir a sobrevida dos negros brasileiros. De la até então,  não se sabe como, a população negra misturou-se  mais com a branca e os brasileiros coloriram-se: centenas, senão milhares de matizes, hoje englobados no termo não brancos. E são maioria absoluta, a ponto  da Secretaria Nacional de Estudos Estratégicos encarar a situação como merece: de forma estratégica. É uma atitude de estado ou a guerra civil, conforme estudos e previsões de Hélio Jaguaribe. O censo de 2010 acendeu luzes no planalto. Mais de 50% da população declarou-se não branca.  Com a auto-estima em ascensão, os não brancos vão se posicionando. O Estatuto da Igualdade Racial serviu novamente aos brancos e não emplacou. O critério de participação feminina nos partidos políticos é para mascarar a participação das minorias. Tem que se alterar e se garantir por lei a participação de negros, índios e demais. A mulher branca age e pensa como o homem branco. O critério tem que ser racial.  A situação é tão grave neste Brasil que não acredito na falta de mao de obra. Faltam trabalhadores brancos, de olhos azuis e cabelos claros. Não faltam trabalhadores, os patrões não querem empregar os não brancos e abrem este discurso idiota. Duvide: observe as agencias dos bancos. Bradesco, principalmente. Não se encontra nenhum negro. Olhe as forças policiais, os pastores evangélicos, os padres. Olhem os apresentadores de televisão, os atores, as atrizes, os lideres comunitários, os jogadores de vôlei, basquete, os nadadores, os velocistas, as ginastas, os lutadores, os gandulas, as animadoras de torcida, a própria torcida. Não há não brancos, são franca minoria. As delegações esportivas também, na sua grande maioria, apenas brancos. Nada reflete ao percentual de negros declarados, nada.  Como podemos vencer num projeto de nação de minoria? Apenas os brancos servem, são campeões, se tornam atores,, cientistas, evangelizadores, artistas e etc. nem na musica. Cadê uma grande cantora negra nos últimos 20 anos? Não tem ninguém. Nenhuma. Apenas cantoras brancas, altas, cabelos longos e olhos claros, é uma bofetada na cara de todos, nem ha disfarce. Oprah Winfrey no Brasil? Nunca. Venus e Serena Willians foram banidas da imprensa e mídia brasileiras. Com uma historia de vida tão forte e exemplar, a mídia não cita sequer os feitos, não ha referencia ao tênis feminino na imprensa brasileira. Mas a tenistas russas e outras, todos conhecem. Pergunto as vezes se os brancos em destaque percebem que estão cercados apenas de brancos, não se perguntam cadê  a maioria negra, indígena, não branca. É uma guerra.

O jornal The Independent deveria completar sua reportagem, citando os aspectos discriminatórios da sociedade brasileira. Nunca seremos fortes se continuarmos com esta mascarada discriminação entre irmãos. Chegamos a quinta economia do mundo, com cultura, ação  e atitudes de quarto mundo. O cenário foi montado para garantir a supremacia dos brancos. Ate no futebol, pode-se observar uma descarada tentativa de embranquecer  a seleção brasileira. Wanderlei Luxemburgo caiu porque ousou colocar onze jogadores negros numa partida de futebol. A mídia e os patrocinadores perceberam ali o perigo e trataram de derrubar o homem. O mundo jamais verá um treinador negro na seleção brasileira. Ou um dirigente da CBF negro. Ou qualquer líder negro a não ser um jogador comandado. Não há espaços para a parte negra do Brasil. A maior parte do Brasil, a mais forte, não tem chance. E o mundo precisa saber e ajudar a denunciar isto. Há um extermínio seletivo ocorrendo no Brasil. Muito pior e em escala muito maior que na Síria, Ira, Iraque e o que mais. Um extermínio surdo, covarde e ignorado pelas potencias, inclusive pelo pais do The Independent.
The Independent, parabéns pela observação. Receba nosso texto e converse conosco. Venham conhecer e estudar esta crise horrorosa por que passa e sempre passou a sociedade brasileira.