A tragédia da discriminação racial é um violência surda, são da mídia porque os donos dos meios de produção e comunicação não nos querem no cenário. Imagine seu filho, criança inocente ou adolescente cheio de conhecimentos e sabedoria.  Imagine o que é ouvir numa universidade federal: queremos os negros fora da universidade. Ou ouvir de um professor publico: não adianta mesmo, ser negro  é ser besta. Não será doutor. Suas chances são limitadas e não há nada o que fazer. Já pensou o que representa esta sala para um cidadão que acredita num mundo melhor?

QUESTAO DE COR
É um jovem,
Um jovem negro,  muito negro e quer  seu futuro agora

Esta preparado para o trabalho, tem diploma, fala inglês
Tem as pernas tortas e é muito negro
Um negro sábio, quer trabalho, quer um carro, quer  o ar
E procura se preparar todo dia, vencer as barreiras naturais
Que cercam todo  jovem, todo homem, negro ou não.

Mas as cercas aos jovens negros são mais altas, mais fechadas:  não tem ajuda,
 precisam se armarem sozinhos
Precisam vencer seus sonhos e medos, não tem mais nada

É um jovem negro, retinto, belo,  único: forte
Tem as pernas tortas e um grande coração
No vasto peito negro há muita coragem, muita doçura
E  resolução. Quer vencer e vai calgar seu calvário
Com dignidade
Com honra
Com respeito pelos outros
Que seus pais, cotidianamente o ensinaram
Como também foi ensinado, que não  é diferente  dos outros
É igual, na igualdade humana, a todos os outros homens
Que tem sonhos e tem o futuro nas mãos.
PAULO SOUZA  in  TURBULENCIAS (bookess  editora 2012)

ENEM APONTA DIFERENÇAS ENTRE ALUNOS NEGROS E BRANCOS
Agência Estado - Publicação: 12/08/2012 09:46 Atualização:


Recorte inédito de dados de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 nas capitais do País, além de confirmar a distância entre as notas médias dos estudantes de colégios particulares e os de escolas públicas, revela o abismo que separa estudantes brancos e negros das duas redes.

Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública - acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública. O levantamento também aponta distorções entre os Estados. De acordo com especialistas, esse cenário é o reflexo da desigualdade social e também da diferença dos níveis de qualidade das redes estaduais.

Por sua vez, a nota média de negros que estudam em escola privada é 15% superior às dos negros da rede pública - próxima dos 17% entre todos os estudantes da rede particular e da rede pública. Embora em menor dimensão, a variação de desempenho entre negros e brancos dentro da escola pública também é desvantajosa para o primeiro grupo. Na média, os brancos têm médias 3% maiores que os negros. O fato de os negros terem rendimento menor do que os brancos, mesmo dentro da rede pública tem explicações econômicas e pedagógicas, segundo a diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

Na questão econômica, segundo ela, a explicação é que "entre os pobres, os negros são os mais pobres". O lado pedagógico refletiria a baixa expectativa. "Em uma sala de aula, se uma criança negra começa a apresentar dificuldade, a professora desiste de ensiná-la muito mais rapidamente do que desistiria de um estudante branco."

AGORA, PRESTEM ATENÇÃO NOS COMENTARIOS.  Precisamos urgente de cotas e de lei de não segregação. ESTE  BRASIL TEM QUE MUDAR, INSERIR TODOS.