A tragédia da discriminação racial é um violência surda, são da mídia
porque os donos dos meios de produção e comunicação não nos querem no cenário.
Imagine seu filho, criança inocente ou adolescente cheio de conhecimentos e
sabedoria. Imagine o que é ouvir numa
universidade federal: queremos os negros fora da universidade. Ou ouvir de um
professor publico: não adianta mesmo, ser negro
é ser besta. Não será doutor. Suas chances são limitadas e não há nada o
que fazer. Já pensou o que representa esta sala para um cidadão que acredita
num mundo melhor?
QUESTAO DE COR
É um jovem,
Um jovem negro,
muito negro e quer seu futuro
agora
Esta preparado para o trabalho, tem diploma, fala inglês
Tem as pernas tortas e é muito negro
Um negro sábio, quer trabalho, quer um carro, quer o ar
E procura se preparar todo dia, vencer as barreiras
naturais
Que cercam todo
jovem, todo homem, negro ou não.
Mas as cercas aos jovens negros são mais altas, mais
fechadas: não tem ajuda,
precisam se
armarem sozinhos
Precisam vencer seus sonhos e medos, não tem mais nada
É um jovem negro, retinto, belo, único: forte
Tem as pernas tortas e um grande coração
No vasto peito negro há muita coragem, muita doçura
E resolução. Quer
vencer e vai calgar seu calvário
Com dignidade
Com honra
Com respeito pelos outros
Que seus pais, cotidianamente o ensinaram
Como também foi ensinado, que não é diferente
dos outros
É igual, na igualdade humana, a todos os outros homens
Que tem sonhos e tem o futuro nas mãos.
PAULO SOUZA in TURBULENCIAS
(bookess editora 2012)
ENEM APONTA DIFERENÇAS ENTRE ALUNOS NEGROS E BRANCOS
Recorte
inédito de dados de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010
nas capitais do País, além de confirmar a distância entre as notas médias dos
estudantes de colégios particulares e os de escolas públicas, revela o abismo
que separa estudantes brancos e negros das duas redes.
Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública - acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública. O levantamento também aponta distorções entre os Estados. De acordo com especialistas, esse cenário é o reflexo da desigualdade social e também da diferença dos níveis de qualidade das redes estaduais.
Por sua vez, a nota média de negros que estudam em escola privada é 15% superior às dos negros da rede pública - próxima dos 17% entre todos os estudantes da rede particular e da rede pública. Embora em menor dimensão, a variação de desempenho entre negros e brancos dentro da escola pública também é desvantajosa para o primeiro grupo. Na média, os brancos têm médias 3% maiores que os negros. O fato de os negros terem rendimento menor do que os brancos, mesmo dentro da rede pública tem explicações econômicas e pedagógicas, segundo a diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Na questão econômica, segundo ela, a explicação é que "entre os pobres, os negros são os mais pobres". O lado pedagógico refletiria a baixa expectativa. "Em uma sala de aula, se uma criança negra começa a apresentar dificuldade, a professora desiste de ensiná-la muito mais rapidamente do que desistiria de um estudante branco."
Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública - acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública. O levantamento também aponta distorções entre os Estados. De acordo com especialistas, esse cenário é o reflexo da desigualdade social e também da diferença dos níveis de qualidade das redes estaduais.
Por sua vez, a nota média de negros que estudam em escola privada é 15% superior às dos negros da rede pública - próxima dos 17% entre todos os estudantes da rede particular e da rede pública. Embora em menor dimensão, a variação de desempenho entre negros e brancos dentro da escola pública também é desvantajosa para o primeiro grupo. Na média, os brancos têm médias 3% maiores que os negros. O fato de os negros terem rendimento menor do que os brancos, mesmo dentro da rede pública tem explicações econômicas e pedagógicas, segundo a diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Na questão econômica, segundo ela, a explicação é que "entre os pobres, os negros são os mais pobres". O lado pedagógico refletiria a baixa expectativa. "Em uma sala de aula, se uma criança negra começa a apresentar dificuldade, a professora desiste de ensiná-la muito mais rapidamente do que desistiria de um estudante branco."
AGORA,
PRESTEM ATENÇÃO NOS COMENTARIOS.
Precisamos urgente de cotas e de lei de não segregação. ESTE BRASIL TEM QUE MUDAR, INSERIR TODOS.
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