ONU e a
luta contra a discriminação racial
Date:
21/03/2019
Movimentos extremistas racistas
baseados em ideologias que buscam promover agendas populistas e nacionalistas
estão se espalhando em várias partes do mundo, alimentando o racismo, a discriminação
racial, a xenofobia e a intolerância correlata, muitas vezes visando migrantes
e refugiados, bem como pessoas afrodescendentes.
Da ONU
Reprodução/ONU
Em sua mais recente resolução sobre a eliminação do
racismo, a Assembleia Geral das Nações Unidas reiterou que todos os
seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e têm o potencial
de contribuir construtivamente para o desenvolvimento e o bem-estar de suas
sociedades.
A resolução também enfatizou que
qualquer doutrina de superioridade racial é cientificamente falsa, moralmente
condenável, socialmente injusta e perigosa e deve ser rejeitada, assim como
teorias que tentam determinar a existência de raças humanas segregadas.
A relatora especial das
Nações Unidas sobre formas contemporâneas de racismo,
discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, E. Tendayi Achiume,
em seu recente relatório sobre o populismo nacionalista,
analisou a ameaça representada pelo populismo nacionalista aos princípios
fundamentais de direitos humanos de não discriminação e igualdade.
A relatora condenou o populismo
nacionalista que promove práticas e políticas excludentes ou repressivas que
prejudicam indivíduos ou grupos com base em sua raça, etnia, nacionalidade e
religião, ou outras categorias sociais relacionadas.
Em seu
relatório sobre a glorificação do nazismo online, Achiume
identificou tendências recentes e manifestações de glorificação do nazismo,
neonazismo e outras práticas que contribuem para alimentar as formas contemporâneas
de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata.
Ela destacou as obrigações dos
Estados sob o direito internacional dos direitos humanos para combater essas
ideologias extremas online, bem como as responsabilidades das empresas de
tecnologia à luz dos princípios dos direitos humanos.
A ONU marca todo ano, no dia
21 de março, o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.
A Assembleia Geral das Nações
Unidas declarou o período entre 2015 a 2024 como a Década Internacional de
Afrodescendentes. Dessa forma, a comunidade internacional reconhece que os
povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisam
ser promovidos e protegidos.
Cerca de 200 milhões de pessoas
autoidentificadas como afrodescendentes vivem nas Américas. Muitos outros
milhões vivem em outras partes do mundo, fora do continente africano. Confira
notícias e visite o site oficial: http://decada-afro-onu.org.
No Brasil, a ONU
promove a campanha “Vidas Negras”, reafirmando o compromisso de implementação
da Década Internacional de Afrodescendentes.
A iniciativa busca ampliar, junto
à sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos
sociais, a visibilidade do problema da violência contra a juventude negra no
país. O objetivo é chamar atenção e sensibilizar para os impactos do racismo na
restrição da cidadania de pessoas negras, influenciando atores estratégicos na
produção e apoio de ações de enfrentamento da discriminação e violência. Saiba
mais em http://vidasnegras.nacoesunidas.org.
Além disso, a ONU mantém um
programa sobre a memória do escravidão:clique aqui e saiba mais.
Outros programas da ONU tratam sobre as memórias do Holocausto e do genocídio em Ruanda.
0 Comentários