Beasts of No Nation
Abraham Attah, o Agu
Idris Elba, comandante
Bestas
sem nação, Feras de lugar nenhum, Animais
sem nação. Céus! Num só folego, chororô o tempo todo. Fiquei
dolorido, angustiado, sem sono. Revi já quatro vezes e quero saber tudo
sobre Agu e Straigh. Meu Deus, ainda é assim na África e
em toda parte do mundo. O pior é que assim
no Brasil. Aqui é a policia, os grupos de extermínio, normatizado numa
pratica cínica do estado brasileiro. Bestas com nação é o que somos.
Mas
ali, na selva africana e no meio urbano. Lembra-me em recente e revolta
centro-africana. Aquelas formas de matar, de trucidar. A atuação competente,
fria, profissional desse menino é de arrepiar o coração. Idris Elba não vale,
já é herói. Chorei sem parar na cena do estupro. A saída do menino do quarto e seu amigo silenciosos
ali, ombro amigo para amenizar uma dor que não tem tamanho. A cumplicidade
estabelecida, pequenos soldados absolutos. Até na morte, é de se pensar na
razão da vida.
É
tudo arrepiante, lindo, terrível. Como a vida. Cary Fukunaga ainda vai dar
muito o que falar. Já deu suas credenciais em True Detective e Jane Eyre.
O
garoto Abraham Attah, espero vê-lo atuando nos próximos cem anos, é mito
competente, muito bem dirigido, muito bom. E todos os figurantes, a historia do
terrível romance de Uzodinma Iweala, publicado em 2005, fascina, prende,
machuca.
Agora
a musica é única, uma agonia, uma dor latente e profunda. Salve Dan Romer, Salves
Fela Kuti ...
A
luz meu Deus, como um diretor tem a iluminura de usar a luz dessa forma num
filme triste e doloroso como este? É sentimental, é divino. O som é espetacular,
tudo conspira neste filme único e maravilhoso, lindo demais, emoção e brilho
demais.
Uma
lição para a raça humana. Para nos negros, que
vivemos espalhados pelo mundo. Espetacular!
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